O que fica para lá de tudo o outro tão distante resto?
Onde estamos quando finalmente paramos e olhamos para dentro de quem hoje nos tornamos?
Há dias que acreditamos em algos que pensávamos serem possíveis, outros que desacreditamos o que mais impossível à nossa vista se encontra, não creio ser má a expressão do interior quando esta parte de uma fonte verdadeira e sincera, talvez até sejamos ingénuos, seguimos uma rua incomum a tantos, a rua que é guiada não pela inveja, não pela ganância, não pela maldade, mas sim por o querer fazer o bem e transmitir a felicidade a alguém, mesmo com provas, até que dolorosas, do exacto contrário, mas como podemos nós mudar algo que está tão certo no nosso ser? O ser mau, o querer ser mau, o conseguir ser mau não é simplesmente algo que conseguimos fazer, é algo que se existe em nós não espera por aparecer, tal como a inteligência, bondade, honestidade, arrogância e até banalidade, sim é mau termos uma noção de um certo algo que somos mas que na verdade transmitimos para o exterior outro algo completamente diferente, mas do mesmo modo é possível que sejamos vítimas diárias de errados julgamentos alheios por parte de terceiros mas para quê pensar, ou perder tempo até, num algo que nasce do interior das próprias pessoas que os têm? Não creio que o primeiro, segundo ou terceiro julgamento alheio de alguém, sem antes conhecer um pouco mais da mesma, seja o mais correcto ou eficaz para etiquetar ou até 'pôr de lado' tal ou tais pessoas, assim como acho errado aqueles que tentam tanto ser um algo tão específico, já criado e banalizado, que se esquecem de construir o seu próprio algo, único e diferente, o marcante e que verdadeiramente difere da imensa banalidade que hoje tanto existe e desinteressa.
O pacote pode atrair mas é o conteúdo que conquista corações.
E escrever sobre tal trás a esta já até tão banal mente, uma outra temática interessante que de certo modo se liga directamente a esta, as ilusões.
É, por vezes, difícil separar as teias de uma expectativa, duma iludida construção dos nossos seres, da pura realidade que se constrói diante dos nossos sentidos, altura que até podemos ter 'instintos' sobre a dita realidade concreta, do dia-a-dia, mas que estamos tão entranhados nas 'mentiras', nas 'esperanças' e nas 'expectativas' que ignoramos tais, por vezes tão certos, importantes e decisivos, instintos, quando julgamos antes de conhecer, o que realmente faz 'bater' alguém, também podemos, em casos, criar tais ilusões, o que vai totalmente modificar a nossa percepção da realidade aparente a todos, e o quê que talvez somente os 'exteriores' à ilusão consigam frisar e apontar para aqueles que estão, digamos que, emaranhados nas 'garras' das construções extraordinárias das suas mentes.
É sim verdadeiramente difícil sair de um beco quando só se sabe olhar em frente, sinceramente acredito que é sempre bom 'olhar para trás', fazer, não digo diariamente mas sim ocasionalmente, uma retrospecção a quem verdadeiramente queremos construir para nós mesmos, não há maior prazer que o orgulho que sentimos quando sabemos que quem hoje somos é um alguém do qual nos orgulharíamos se fossemos externos a nós mesmos. Há sempre becos para sair, ruas para descobrir e estradas para, ou rapidamente ou muito calmamente, atravessar, a vida, o ser que somos, é um aglomerado de descobertas, de blocos de construção e de oportunidades para fundamentar melhor bases ou alterar o que está errado em nós, basta saber utilizar, do melhor modo que conseguimos, os nossos sentidos, tentando constantemente respeitar, entender e perceber os infinitos sins, senãos e nãos da vida.
Porque senão vivemos, não para realmente sermos um algo, diferente, único, marcante e inspirador ser, mas sim somente um mais, comum, banal, fechado e tão iludido peão no meio de tantos outros, biliões.
Cumprimentos