25 dezembro 2015

Depois do Antes

Dou por terminado este blog, os pensamentos de um puto inocente, em crescimento, que a vida tornou besta desalmada.

O evoluir, quase que tangível, de uma criança que pensava que era diferente.

Amou pela primeira vez, mas duvidou e deixou as suas inseguranças ditarem o seu futuro.

Sacrificou amizades p'ra vida por sonhos, que concretizou, em parte, mas aprendeu que o que sabia ainda não chegava.

Que conspirou com o mestre universo, e conseguiu ter as oportunidades para ganhar a experiência que mais precisava para crescer: o trabalho, a independência e a miúda da rocha. Mas que no fim percebeu que por mais que o coração queira, ninguém vive com a alma moribunda, com um futuro não desejado, e com os sonhos cada vez mais longe de serem concretizados.

Foram 5 anos, quase 6, de altos e baixos, que no seu fim fez me ver que algures nesta última metade do ano finalmente consegui morrer, as forças acabaram-se e tudo se apagou.

Voltei ao nada, à solidão que nunca me deixou só, ao silêncio que me conta mais que qualquer pessoa, à possibilidade de outra vez escrever o futuro que mais quero ter.

Foram anos, pessoas e momentos, inesquecíveis.

Hoje dificilmente consigo dizer que sou quem era à meses atrás, dou valor, penso e tolero coisas diferentes, sinto me um estranho para mim mesmo.

Daí não fazer sentido continuar a história doutro, irei para semprer guardar as suas lições comigo, elas irão para sempre ser a minha origem.

E quiçá irei pegar nesta história e reescrever algumas partes, talvez estejam nelas as bases para outras histórias futuras, mas também dá um certo gosto em reler o passado e perceber os erros que cometi e cometia.

Só falta agora renascer, a morte finalmente se foi, e a ela todo o possível deu lugar.


Vemo-nos por ai.


22 dezembro 2015

O Fim

Morre morto, que vida já não trazes, o peso corrompeu as entranhas da tua alma, e pouco ou nada ficou, sombra moribunda que suplica pela colina distante de um velho gigante.

À muito que só sobrevives, tentando aguentar o desabar por inteiro de todo um ser, sofrendo o conhecimento de saberes qual o único destino onde irás acabar, gritas por esperança, berras silenciosamente entre os desvios e as contra vias dos teus erros, não queres que mais ninguém os veja, mas a toxicidade da tua existência já é difícil de conter.

Contem-te, aguenta só mais um pouco, tudo irá melhorar, espera pelo novo raiar do dia, verás que tudo irá ficar melhor. Não profiras piadas no iludir de uma ilusão criada, enganas-te para sobreviver, mascaras de novo a dor que não queres, e continuas, apodrecendo, pintado de fresco com um cheiro nauseante que tudo fazes para conseguir disfarçar.

Nem todo o quente reconforta, muito menos a quem a ele sempre retorna. As lágrimas secam-se, o doer sublime da razão passa, e aos poucos à terra se consegue regressar.

Absorvendo as linhas, fios e nós dos passados enleios, nas chamas ardentes da criação, do voltar ao nada, do cíclico ciclone do experienciar a plenitude de um virar, e vive.

Vive a morte duradoura que tarda em acabar, que se vê presa no prazer de não mais querer voltar a existir, na escuridão ecoante de tudo o que um dia foi e não se quis mais ser, no eterno sonhar do amanhã possível, na inerente metamorfose do momentâneo pensar.

Porque só voltando ao nada se consegue de novo tudo ser.

16 fevereiro 2015

A Travessa

Quando acordo, tudo se liga, coexistindo num máximo absoluto, que não tarda a chegar.

Chega.

O ser cai, soluça perante tão grande investida, até morrendo, porque naquele momento balança entre o tudo e o nada residual, entre o repouso e o trabalho de viver.

Por fim o equilíbrio existe, lentamente se recompondo do passar acelerado de um outro passado, levantando-se do gigante adormecido que ali se deitou, e realiza.

Outro, no meio de tantos outros, o único dia se espera por criar, escondido perante a exclamação do simples que o move, perdido num eterno de parecenças esperadas, que agrupam e afastam.

Como parar o dito 'natural' sem criar reacção igual?

As respostas aparentadas de questões por responder, que tanto se espera e anseia por, mas que rapidamente se vão, no vulto da incerteza imaginada, do desconforto que o viver em sociedade inconscientemente trás, porque a quantidade faz o lugar, e lugares fazem muita gente.

Esperamos, caindo e nos levantando de igual forma, por receio da alienação que tantos já sofrem, a incompreensão problemática do bicho Homem, a expectativa mesquinha do conjunto globalizado, quando a própria natureza está cheia do exponencial potencial do diverso, não é no reduzir, conduzido pelo juvenil instinto de afastar o actual incompreensível, que o mais se encontra, tudo isto e tanto mais causado por uma minoria que tanto impacta a Humanidade, cada vez mais impossível de se esquivar aos olhos de quem a tenta ver.

Entretanto vamos existindo, adaptando e sobrevivendo, porque nenhuma outra alternativa pode existir, se só assim tudo se mantém igual.

Boa Noite, Travessa

03 janeiro 2015

Pedras Descalças

Fascínio, tudo chama, tudo compromete, alcançado momento desconhecido de um ir. Para onde vamos? Que rodopios serenos aconteceram na breve passagem sorrateira de um espião pião?

Nada.

A sanidade revela-se mais frágil do que pensava, é difícil manter a serenidade de uma mente em constante batalha, quando nos momentos em que o mais existe mais observamos, mais vivemos, mais sentimos e mais não queremos o mais.

Sempre reencontrando o lugar danado do não saber, do não perceber e ao mesmo tempo tudo parecer fazer sentido, como peças que esperavam ansiosamente pelo seu certo encaixe no puzzle do presente, perdido outra vez de qualquer ligação com o resto, distante em enredos fantasiosos de como tudo podia ser tão diferente e ao mesmo tempo não, porque é ai que entra o prazer cruel do querer só observar, só sentir, e, ao mesmo tempo, saber que todo o sentir que sentimos é somente uma resposta instintiva do corpo, quando do outro lado o culpar faz-se sentir de sermos passivos, irreais, invisíveis, incompreensíveis, porque na realidade nada estamos concretamente a sentir, a querer, fazer, ser, só irrealidades proferidas no interno do momento vivido.

Como o inesperado véu que cai nas cenas encenadas por quem não pergunta, não procura a resposta concreta e, em vez disso, comanda a sua mente por ilusões que tentam justificar o injustificável, por momentos, meses ou até anos, a peça perfeita de um julgamento incompleto, iludido de si mesmo, decorre. Vindo das entranhas de uma sociedade que 'educa' os seus num ambiente em que tudo é frontal, directo, com 'tudo à vista', em que se perde a procura consciente pela concreta resposta, em troca de um jogo de 'máscaras' que já ninguém sequer vê que joga.

Impeditivo compasso de espera que anseia por se fazer ouvir, porque já ninguém sabe comunicar o que realmente quer com receio da diferença, da incompreensão, do julgar penoso de quem só é com ele próprio, quando o realmente fantástico resulta da paixão inigualável de quem deixou tudo por terra e somente foi.

Porque pensar que a vida é feita de 'todos', é deixar passar ao lado a magia do individual, do pormenor, do momento, do resultado, talvez seja por isso que me vejo mais em momentos de reflexão do que de acção, porque nada me dá mais prazer do que observar como tudo acontece, se desenlaça, se torce e contorce, se expande e contrai, e por isso torno-me máquina, desumano no sentido impessoal do relacionar, porque só assim consigo alcançar o compreender ambíguo do momento, do indivíduo, do pormenor, que anseia por um julgamento, por uma reacção, por um algo que luta para sair, para influenciar e manipular, para controlar e se fazer ver, que rapidamente se compreende e desaparece. Processo repetitivo para o equilibrar mental de um punhado de existência, que aos poucos se vai, caminhando por vales e colinas solitárias, revendo-se em tudo e em nada, perdendo o pouco que resta e nada ganhando mais.

O limbo imperfeito da perfeição de um lágrima proclamada, ecoando pela diferença, pelo saber, pelo não julgar, porque nada realmente é até o fazermos ser.

Cumprimentos e boas entradas. 

18 abril 2014

Meios Completos

Intimidaste-me, não por o que eras mas sim por o que trazias, estavas cheia, não de ti, de outros.

Outros que jamais podiam ser, não porque não podiam, porque não criam, tentei, não podia não tentar, apaixonaste me no momento em que te vi, conquistaste me quando te vivi, solução esperada de quem somente quer o anonimato da restante vida.

Pessoas estas que se escondem de si mesmas, em desculpas fúteis que justificam as suas não tão positivas acções, crianças que temem o julgamento pessoal que um dia chegará, e quando chegar? Estaremos nós preparados? Ou o tudo mudará para uma vida de arrependimentos e obrigações que somente nós causámos, escolhemos, decidimos em?

A vida vivida só no presente é incompleta, é mar sem água, ar sem oxigénio, saber sem entender, é um algo que, de tão gigante que já é, nos faz cair no erro desentendido de uma iludida ilusão, e assim nos vamos perdendo. Alguns até o chamam de crescer, quando crescer assim é tudo menos isso, é nos reduzirmos a um pequeno pedaço de pó do eu que tão facilmente poderíamos mais ser, contudo nada é assim tão aparente, quem não quer ver não vê, quem não quer amar não ama, quem não quer não faz, agarrados ao facilitismo de ser ovelha, de seguir outros, com a falsa esperança que tudo irá ser exactamente como queremos. Quando até por nós podem dar o primeiro passo mas, se não nos segurarmos pelo menos, rapidamente voltamos ao que éramos, é como a mente que se expande mas se esquece que expandiu.

Apeteceu me gritar, suspirar e te abraçar, raios! Já me agarraste completamente, sou um admitido viciado teu, só espero que um dia me deixes, nem que seja por um momento, para saber o que é não te ter, não te viver, nada saber.

Jardim da Sereia, Coimbra '14

17 abril 2014

Intemporal Chegada

Diferentes perspectivas se formavam sobre o manto real de uma realidade somente pensada, tudo toma forma, tudo se organiza, tudo cresce, seja pelo esquivo olhar passageiro do vento ou da teimosa teimosia de um ramo caído.

A cada dia mais fascinado fico com as inesperadas formas que a vida toma, seja de subtis olhares, de berros ecoantes, ou da simples escolha momentânea de mudar de rua, o mais trazido por um caos que o rotineiro tenta incansavelmente ordenar.

Foi então que me lembrei novamente da tenebrosa realidade que nem todos são assim, o pensamento logo fugiu para o porquê, como, de tão diferentes que somos tão diferentes vidas temos que levar? Talvez as falas audíveis de destinos e vidas passadas sejam verdade, talvez todos estejamos cá para algo, algo impossível de se saber, algo que somente algo é, e que sendo assim pode ser tudo, tudo o que precisamos e não precisamos.

Autênticas chaves que somente abrem aquilo que queremos abrir, o problema é que o ser raramente consegue realmente conseguir, conscientemente, decidir o que quer, e, acima de tudo, o que irá ser mais positivo para ele, com isto de novo entra o fantástico da vida, como ter a certeza da certeza tomada? A relatividade da vida é tão certa que tantos já escolhem não a ver, deixam se fluir pelo seu toque suave, não lutando ou se opondo mas sim vivendo, pelo sentir, pelo positivismo associado que consegue revelar os potenciais mais elevados de qualquer um, momentos que libertam e não prendem, que se fazem mas não se obrigam, o amar o outrora sem o conhecer, ser o irreal expectante de algo que possivelmente nunca acontecerá, talvez, o só talvez chega para encher e fazer o possível tão mau em algo tão melhor, truques tão banais que tantos tanto poderiam fazer com.

A vida nasceu, a vida morreu, a vida sou eu, tu e ele, nós e os outros, o tudo aquilo que um dia poderá ter sido e influenciado a vida de um nada, porquê? Porque naquele preciso momento tudo ele era, alheio ao seu si, na perfeita união equilibrada com a essência de um ponto final.

Penedo da Saudade, Coimbra '14

16 abril 2014

Sentido só Sentido

Por muitas voltas parecias andar, na solitária forma múltipla de te expressares, não querias que o possível fugisse mas de nada isso te valia, preso em impedimentos que só existiam no teu passível, de que vale o sentir quando o ir não acontece?

Nada toma forma somente pelo respirar de um só Universo, ele pode até conspirar por ti mas és tu que tens que ver e agarrar o que ele te dá, se não de nada te basta, azares que dizes acontecer, sortes que nunca aparecem.

É engraçado o quão tanto o ser humano se prende em tentadas noções demasiado 'realistas' da Vida, a magia está no saber que não se sabe, na dúvida sentida que a certeza acode, no desejo formado e proferido.

Tornam-se assim autênticos escravos do tempo que se deixam levar no oceano artificial da ilusão Humana, o conforto de se pensar que se sabe é demasiado viciante, a vontade não passa sequer pelo impossível e todo o potencial se perde. Nada nem ninguém o vai ver, sentir ou querer mudar, é já a 'natural' forma de se ser, e o queixar acontece, rápido e forte, porque dificilmente saberíamos a cor do mar se não nos a dissessem, porque em tudo é preciso o quebrar do dito 'desconhecido' e a, pelo menos, tentativa do 'e se'.

Enquanto o verdadeiro cisne caminhava por entre os falsos, quando se questionou, serei eu o correcto? Não, não és. Nada nem ninguém poderá estar no ponto da essência máxima do certo, porque ai nada mais seria que somente isso, a criação e a possibilidade são formadas pelo directo equilíbrio de opostos, opostos que se complementam, partes que se unem, momentos que acontecem no estagnante passar do imóvel.

Porque mais do mais só iria trazer mais, e tanto mais mais não seria.

O realmente complicado é chegar ao local do encontro, o resto dá lugar, tem que dar, nem que seja por segundos, pelo instante preciso que mais se precisava de ter, o dinamismo diário de biliões de coisas que se equilibram entre si, sem demasiado caos, sem demasiada ordem, uniões separadas que aperfeiçoam o imperfeito.

Sorri, a vida de tão complexa tão simples se torna, nada é preciso, tudo é necessário, o nunca é para sempre, o sempre é para nunca, porque o agora já se foi e o depois já chegou.

Jardim da Avenida, Coimbra '14

15 abril 2014

Barcos Voadores Estáticos

De águas flutuantes, vivos no que era e não parecia, compreenderes que se viam expandidos para lá do sincero mimar de um só pedaço do querer.

Submeteram-se, foram ocultados do directo entender do cultivo do ser, mas não se importaram, não se queixaram, o desequilíbrio causado já era o rotineiro que os guiava, tanto tentavam, tanto se mostravam, tanto pareciam precisar, escravos de entendimentos iludidos e vontades passageiras, quem mais não sabe, mais não pode fazer, quem nada é, tudo pode ser.

Olharam-vos e logo perceberam, todos querem mas poucos sabem como o ter, conquistas demasiado complexas para o são ser, enquanto o Eu espera, anseia e tenta, por vezes é encontrado, por outras conspirado, mas o verdadeiramente conquistado é raro, é único, é puro, é a luta diária de milhões de linhas que se debatem para formar um talvez incerto, certo na ambição e desejo do conquistador, fugas desconhecidas de quem não o percebe ou quer perceber.

Porque a Vida depende do depender, como a fuga concreta do abstracto e a organização caótica do pensar. Que como a viagem que se faz, só por ti, singular, existente e inexistente, porque nada é sem o confluir de partes, e afirmar o contrario é participar nisso mesmo, tudo é complementar a outro complemento, tenha a descoberta disso já chegado ou não.

O tudo interligado ao nada, a relação ligada à solidão, a decisão presa à incerteza, no momentâneo passado do futuro, que altera assim o todo mais, que tanto ou tão pouco será, que tanto ou tão pouco poderia ser, que tanto ou tão pouco é.

E o naufrágio do céu chegou, formado por finas areias de um certo algo expandido, que dificilmente não mais seria, porque o que é já foi e assim será.

Parque Verde, Coimbra '14

14 abril 2014

Desenvergonhada Inconstância

Não, não podia ser, o como e o porquê não davam mãos na ilustre ilusão que criara, burro. Alheio andaste tanto tempo que hoje não vês a verdade apresentada diante de ti, deixas a Vida fugir por entre um punhado de tal-vezes e de ses, desconhecido da verdade que anseia por se revelar, deixa-a, sente-a, percebe-a, o verdadeiro consegue sim ser melhor que o esperado, mas, quando a dúvida impede, o ser não se revela, preso nas teias infiéis do viver, no fundo buraco que tu próprio te cavaste em.

Com isto tudo se vai, destinos se perdem, vidas se vão, porque quem via não quis ver e quem se sentia ia, p'ra quê?

Fartei me de esperar no momento inseguro da débil certeza, eu quero, eu desejo, eu sinto, quando te vejo, quando te olho, quando te toco, perfeição imperfeita que completa o meu ser, que revejo e vejo no meu futuro, que percebo tão inconscientemente que é, o tudo e o nada, o possível e o impossível, quem chegou do inesperado e com tão pouco me fez tão mais.

Porque em ti encontrei o doce quente conforto do inverno, a brisa fresca do verão, e o profundo olhar de quem sabe saber, coração que quer mas receia, mente que aproxima mas impede, juntos estando separados, unidos por algo tão mais que a simples compreensão de uma desigual pétala simétrica não consegue revelar.

O Coração suspira, a mente não compreende e a alma sabe, sabe que foi destino.

Botânico, Coimbra '14

13 abril 2014

A Vida, inigualável

O outrora passado, imaginado na inconstância de um presente futuro, como o tudo que não era e o nada que já se foi. A perda inconsciente de uma parte essencial de um completo vazio, que o passar levou.

Nada se mantém, tudo muda, como o afirmar ser que regressa do momento presente vivido, sentido, preciso. O que somos, fomos, iremos ser.

Pensares que marcam mas nada remarcam, ultrapassadas nuvens solitárias da réstia nua de um eu. Não mais podia negar, lutar contra, não ver. A ilusão aparece, transparece, parece, carraça que fica, que não pode tornar.

Apaixonei me, amei, percebi.

O crescimento entrópico de mim, de ti, do conjunto energético de movimentos reflectidos em folhas alheias, imperfeitas pilhas precisas do encher, do ver, do sentir.

Skate Park, Coimbra '14

06 abril 2014

A Superioridade da Desigualdade

Eles estavam parados, andando lentamente sobre o nada, alheios aos peculiares movimentos de suas momentâneas mentes.

Ouvia-se o pudor destemido de um algo inconstante, incerto da insegurança palpável que este não via, sentia, queria tanto. Jaulas presas libertas nas suas próprias existências certas. Olhámos, vimos, pensámos, existimos.

A Incerta certeza que nada poderá ser certo é bela, viagens na ponderação mental de um possível amanhã, de um possível hoje, de um possível ontem, incerto. Como o voo enraizado na forte passagem de um suspiro indecente, que se fazia mostrar no limiar de um limite instalado. Porque nem sempre o igual traz o preciso, nem o desigual o que se mais quer, decisões que se fazem perder no tumulto mental que é o ser de hoje.

Parámos, paragem imprecisa e desigual, que saltou à vista do Humano momentâneo, julgados e reduzidos a um nada que a verdade perdida desencontra. E tudo continua, um momento impossível numa consciência passageira alheia a tudo o resto que ali existe.

Cumprimentos.

01 abril 2014

Ventos levados por Ventanias inconstantes

A ira rodeada de aqueles que prontamente longe se posicionaram deles mesmos.

Nada mais podia acontecer, limitados pelo limite impaciente de suas mentes, qual é coisa qual é ela que é?
Quem vive, vai, quem vai, vive, conceitos simplificados que a viciada mente humana luta para manter complicados.

A vida não pode ser assim, tem que ser assim e assim, julgamentos e estruturas formadas pelo caminhar de um eu não presente, preso àquilo que acha que achava e àquilo que pensa que pensava.

A mudança sentiu-se no ar estagnado que lutava por se mexer, nada aparente mudou, mas a essência de um ser dificilmente voltaria a ser a mesma.

E eu cresceu, expandiu-se, afastou-se mais um pouco das grandes massas de 'normalidade' e encontrou o conforto da solidão, não física mas mental, espiritual até.

O decorrer do tempo lhe ensinara que muito é passível, tanto outro tão necessário.

As nuvens se foram, o sol radiante furou por entre tudo aquilo que não era mais, estiveste longe, perdido, escondido num buraco longe da possível atenção atenta de tantos, e percebeste.

O inegável que se negou, o negável que se aceitou, tudo te levou, tudo te formou.

Cumprimentos.

05 março 2014

Afirmações, Mudanças e Possibilidades

Respirei, fundo, bem fundo, tudo parecia desaparecer no instante após o nada que aqui se instaurara, respirei, fundo, bem fundo, a mágoa escura, de um coração caído que voltara à vida, se fora.

Olhei, compreendi, sorri, quem nada vive, quem nada sabe, a vida incógnita de milhões de pensamentos constantes que se guardam na prisão de um eu, mal sabia, mal percebia, o inconscientemente sentir que aos poucos tudo se vai e nada se faz contra tal, perde-se a vontade, perde-se a força e nada nem ninguém o percebe, até que a vida dá novas provas da sua mão no decorrer do tudo e do nada.

Ficamos confusos, abalados, boquiabertos como que o tão simples tem a potencialidade de ser tanto mais, e mudar tudo, mentes, dias, passos e vontades.

Caminhei, olhei para lá do que já fora e de novo percebi o já esquecido, nós somos a nossa maior prisão, nós somos o nosso maior obstáculo, nós, eu e tu, ele e ela, a individualidade não ligada, a possibilidade impossível do acontecer, a parada partilha de quem pensa que só tudo é.

Chorei e sorri, é tão fácil nos perdemos de novo em nós mesmos, nos separarmos de todo um universo de possibilidades que revolucionariam positivamente as nossas vidas, todos querem tudo mas poucos realmente o procuram, e quem não procura dificilmente encontrará.

E como um instante que rapidamente chega e logo se vai, assim o hoje é, a mudança chega, rápida e inesperada, uma estalada na cara vinda do Universo para acordar alguém que de novo se estaria a perder na solidão da sua mente.

Cumprimentos.

04 fevereiro 2014

Direcções e Caminhos

O mundo navega-se no furor de tudo o que é, incógnito da razão não aparente que se sente externa.

Viajamos por escolhas achadas numa razão muitas vezes incerta de si mesma, mas continuamos, achamos naquele presente que é o mais correcto, e aquilo que no fim nos levará aquilo que achamos querer.

Mas o que é que verdadeiramente queremos?

Sucesso? Amor? Dinheiro? Adrenalina? Materialismo? Diferença?

Talvez tudo o que uma pessoa queira é ser feliz, consigo e com os outros, feliz no momento que ouve uma música, feliz quando conversa sobre aquele tema, feliz quando vive um momento que não trocaria por qualquer outro em toda a possível vida, e quando esses momentos começam a escassear? O que é que a vida fez para nos afastar deles? Nada.

Altos e baixos, esquerdas e direitas, rectas e curvas, montes e vales, nada é constante na vida porque a mudança é a essência desta, é o contraste de biliões de diferentes coisas que no caos das suas existências formam o tudo a que chamamos vida.

Às vezes seguimos caminhos que nos levam a outros não tão bons, em outros tudo parece cair no sítio certo e acreditamos em algo chamado de 'destino', na realidade tudo está nas nossas mãos, e quando não está fazemos estar, lutamos, reflectimos, agimos. Tomamos controlo do que realmente queremos quando realmente estamos sós na nossa mente, no silêncio de um outrora perdido e de um possível depois.

Boas energias.

01 fevereiro 2014

O Último fio do passado

O passado, esse grande Senhor que nos acompanha uma Vida inteira, por vezes indirecto, por outras demasiado frontal.

É engraçado o quão pouco o usamos e o quão muito poderíamos aprender com ele, não só lições importantes como também directos entendimentos da nossa maneira de ser e de pensar.

Lembrei-me. Rumei contra mim mesmo, perdi-me, e o tempo não voltou mais. A revolta ocupou-me e compreendi porquê, os dissidentes da normalidade são únicos e jamais devem ser levados a tentarem não o serem, mesmo que a solidão se torne a sua melhor companhia.

Eu tentei não sentir, procurei afastar me disso, ser frio, distante, e por muito tempo consegui-o fazer, consegui ser 'normal' mesmo não sendo, desculpando o meu agir pelo estado em que estava, e aos poucos fui me aproximando mais e mais do que na realidade era uma fuga de mim mesmo.

É difícil amar-mos o mundo sem querer-mos amar sequer.

O mais engraçado é que estou grato por todas as voltas que a Vida me deu, sem estas jamais seria quem hoje sou, sem estas jamais amaria de novo viver, completo, puro, infinito.

Uma alma não compreendida pelos padrões típicos da sociedade, um alguém que anseia a diferença, o verdadeiro, aqueles que livres também estão das noções erradas impingidas por uma sociedade retrógrada que se perde em si mesma.

Os verdadeiros Homens vêem se pelo tamanho do seu coração e não pelo tamanho da sua 'força', seja esta física, monetária, autoritária ou intelectual.

Obrigado Vida, por me ensinares de novo a viver. 

16 janeiro 2014

Lições de Vida: Três Meses

À um ano e meio estava prestes a continuar a via ‘normal’ da sociedade, mal eu sabia que rapidamente tudo isso mudaria.

Estive três meses num sítio completamente novo à minha vida, sítio esse que me ensinou bastante e que, principalmente, me deu todas as estaladas que precisava de levar, todos os sorrisos e bons momentos que mais necessitava e, finalmente, o cimentar de uma das maiores lições que algum dia poderia aprender:

Não existe algo chamado de sorte ou azar, só existe uma pessoa que não esteve atenta, não lutou, não ouviu ou não aprendeu o suficiente, o azar é somente uma falta de preparação prévia, a sorte faz-se, os momentos criam-se, a inteligência adquire-se, mas e quando tudo isso não chega?

Não o chames de azar, chama-o de oportunidade.

As feridas curam-se, as dificuldades superam-se, a experiência ganha-se, por muito baixo que caias haverá sempre a possibilidade de subir mais alto, por muito magoado que fiques haverá sempre algo que te faça sorrir, o importante é nunca nos esquecermos que não existem duas oportunidades iguais, a possibilidade cria a dúvida, a dúvida cria escolhas, escolhas criam resultados, e resultados criam a vida, sejam estes teus ou de quem directa ou indirectamente te pode influenciar.

Sem os teus próprios resultados não vives, existes, derivas num oceano feito por quem mais próximo de ti está, um ‘se’ nunca descoberto que poderia, muito bem, vir a ser o teu amanhã.

Eu escolhi o meu amanhã e o meu depois, eu escolhi, eu tomei controlo de quem eu sou, de quem eu quero ser e daquilo que eu quero fazer, quando o coração não grita por um só alguém mas sim por toda uma causa, por uma toda vontade, o céu deixa de ser o limite e passa a ser somente mais uma meta, nada é sem custo, nada é sem trabalho, nada é sem ti mesmo.

Boas energias!

31 março 2013

Vida decifrada

Olhei, atrás de mim estava tudo o que antes fora, não era mais, a impossibilidade de regressar a tal anterior ponto tornara-se impossível.

O momento em que o ser realiza que o tudo que o rodeia, rodeou e irá rodear é o resultado de inúmeras outras coisas por inúmeros outras fontes, a vida não é um milagre, é um resultado.

Tudo o que existe e não existe é o directo acontecer de um outro algo, nada existe só por existir, nada existe sem razão, se assim fosse poderíamos remover partes do todo que nos torna um e tudo se manteria no mesmo, mas, tal não acontece, porquê?

Um Homem pode saber mas ninguém o saberá até Homem igual acreditar nele.

Nada existe sem partilha e sem partilha nada existe, tudo um ciclo infinito de dar e receber e receber e dar, falta à humanidade perceber tal, toda a mínima acção gera resultados e nós, sejamos causa de evolução ou do mero acaso de um algo maior, temos a capacidade de o compreender e proteger o natural andar do todo, em vez de rumar-mos contra a maré do Universo como crianças mimadas que pensam ser as maiores de toda a criação existente.

Somos privilegiados, está na hora de crescer, está na hora de mudar.

Cumprimentos.

27 janeiro 2013

Voltagens de um bem maior

Lágrimas, derramadas sobre um manto inútil pairando sobre ar estagnado, tentativas fúteis de sem noção tentar um algo demasiado demasiado. Porquê? Existente é a razão que voa sobre um tal algo que tantos falaram, que tantos debateram, que tantos comentaram, e que fizeram!? Nada. Continuaram, nada se passou, débeis memórias recentes dissolvidas naquele que era, sem alguma dúvida, o querer, o fundamental desejo que atraía, chamava, puxava, os fracos que contra tal nada podiam contra.

Como lutar um mal que te supera em todos os níveis, conseguir sobre tais tão réstia possibilidade de um tal incerto possível mas peculiar algo, e depois? Nas impossibilidades está a verdadeira magia de quem cá está, o poder sobre consciente e sã mente decidir fazer, agir, actuar sobre tenebrosas potências que nada ninguém consegue contra, individualmente. União? Vontade? Igualdade? Longe já vão aqueles que levavam isso no coração, viviam sobre ele, com ele, por ele, lutaram tantos, morreram tantos mais e para quê? Para o inconsciente agora poder de ter pedaços de prazer vazio que tantos nem consciente consciência têm que têm? Quando o coração não é quem bate mais alto, quando o simples desejo de algo mais não é o que movimenta, quando tudo o que interessa são meros e vulgares interesses, sem meia nem pé, sem perna nem calça, que só consegue o que a ninguém se não ao pessoal assim dá. Inveja, egoísmo, ganância, ódio, porquê? Se em tantos anos de existência ninguém chegou à puta e mera conclusão que é e são esses valores e ideais negativos que destroem  e corrompem esta sociedade, e acima de tudo este mundo, porque raios ainda nada foi feito sobre tal!? Não somos nós capazes de uma mudança pelo bem de todos, seremos todos nós assim tão egoístas que só conseguimos pensar naquilo que, ao fim do dia, só interessa para mim, para ti, para ele, para nós. O mundo é maior, o mundo precisa, nós somos o mundo.

Cumprimentos

30 dezembro 2012

Correntes fluídas de ar claro

Reconheci. Memórias de um alguém à muito perdido voltaram ao meu ser, por momentos reflecti sobre o tudo que um dia foi e hoje não mais era. Porquê?

Não existe definição concreta para a definição dos nossos eus, como podemos perder nós algo que no fundo não é nosso para possuir? Poderá, num equívoco das linhas do viver, ser somente uma peculiaridade das nossas infantes formas de vida, a capacidade de pequenos actos, pela mão e mente de milhões, mudar o decorrer de um todo de tantos alguéns? E se assim for que poder temos nós para seguir somente o que nós, pela nossa sã e clara mente, decidimos ser?

Quando a simples conclusão que temos a capacidade de chegar é, quando o momento ansioso e o peculiar sentido antecipadamente chega, quando o tudo que tão firmemente pensávamos saber na realidade não é, o ser revolta, reflecte e restringe-se, por simples complexos momentos, da vida, porque todo aquele que sente, sabe.

Cumprimentos.

15 dezembro 2012

Dor

O dia longe ia e a noite tornara-se residente, dei por mim num só estado, só.
Infinita ela é, deixa-se sempre ir, nada se pode, nada se faz, só se é.
Como podemos nós ter assim a certeza do algo que nada aparente querer ser?
O cego que de novo se assim torna só pelo gosto ínfimo de um punhado de felicidade?
Ele foi feliz, ele era feliz, muito até, depois algo mudou, a vida o levou.

Repensando a atrocidade de outroras longínquos como um pode ser o duplo de um dito algo que é algo que nada é?
O não querer mais saber de alguém torna assim o tal certo algo naquilo que ele realmente e puramente somente é, não devemos tentar enganar mais o que mais aparente se torna, não tentar mais afogar os fogos que correm nos corpos já demasiado ardentes para queimar, eles não o merecem, nada nem ninguém merece tal destino.

Levantai e vive, não interessa o como, não interessa o porquê nem o quando, a tua felicidade encontrará felicidade igual.

Cumprimentos.

06 setembro 2012

Descobertas de um olhar interior

O sublime inesperado momento de um momento eureka, o tomar noção de facetas de nós que jamais eu imaginaria sequer poder ter noção.

Ás vezes gostava de poder fechar os olhos e nada mais ver, a vida de tão bela que é torna-se num complexo inferno de escolhas para quem assim escolheu a ver, se alguém hoje me perguntar se deve pensar seriamente nas escolhas, na vida, no universo e todas as suas infinitas questões, simplesmente lhe direi para viver, para experimentar, para ir e não mais voltar, os inúmeros possíveis destinos que um pode tomar torna-se numa autêntica prisão para aqueles que somente bem querem viver, a vida é feita de tudos, nunca de nadas.

Mas viveria eu bem sem saber, sem ver, sem a noção que com o tempo, vida e experiências adquiri? Creio que não pois todo o inferno pode ser tornado céu e a verdadeira liberdade só é adquirida quando se tem noção do verdadeiro conceito de ela mesma, como podemos nós dizer que sabemos ou queremos um certo algo se nem o seu verdadeiro conceito começamos sequer por entender?

Em tudo existem caminhos aqueles que poucos querem sequer percorrer, caminhos traiçoeiros, dolorosos e inesperados e até puros, tudo é tão relativo nesta vida que ter tal noção pode até fazer alguns perderem completamente o sentido desta, a linha ténue entre o necessário, o perigoso e o opcional.

Vivam, sejam felizes da melhor maneira que possam saber, os dias são curtos e a vida passa num piscar de olhos.

Cumprimentos.

28 abril 2012

Ruas, Estradas e Becos

O que fica para lá de tudo o outro tão distante resto?
Onde estamos quando finalmente paramos e olhamos para dentro de quem hoje nos tornamos?

Há dias que acreditamos em algos que pensávamos serem possíveis, outros que desacreditamos o que mais impossível à nossa vista se encontra, não creio ser má a expressão do interior quando esta parte de uma fonte verdadeira e sincera, talvez até sejamos ingénuos, seguimos uma rua incomum a tantos, a rua que é guiada não pela inveja, não pela ganância, não pela maldade, mas sim por o querer fazer o bem e transmitir a felicidade a alguém, mesmo com provas, até que dolorosas, do exacto contrário, mas como podemos nós mudar algo que está tão certo no nosso ser? O ser mau, o querer ser mau, o conseguir ser mau não é simplesmente algo que conseguimos fazer, é algo que se existe em nós não espera por aparecer, tal como a inteligência, bondade, honestidade, arrogância e até banalidade, sim é mau termos uma noção de um certo algo que somos mas que na verdade transmitimos para o exterior outro algo completamente diferente, mas do mesmo modo é possível que sejamos vítimas diárias de errados julgamentos alheios por parte de terceiros mas para quê pensar, ou perder tempo até, num algo que nasce do interior das próprias pessoas que os têm? Não creio que o primeiro, segundo ou terceiro julgamento alheio de alguém, sem antes conhecer um pouco mais da mesma, seja o mais correcto ou eficaz para etiquetar ou até 'pôr de lado' tal ou tais pessoas, assim como acho errado aqueles que tentam tanto ser um algo tão específico, já criado e banalizado, que se esquecem de construir o seu próprio algo, único e diferente, o marcante e que verdadeiramente difere da imensa banalidade que hoje tanto existe e desinteressa.

O pacote pode atrair mas é o conteúdo que conquista corações.

E escrever sobre tal trás a esta já até tão banal mente, uma outra temática interessante que de certo modo se liga directamente a esta, as ilusões.

É, por vezes, difícil separar as teias de uma expectativa, duma iludida construção dos nossos seres, da pura realidade que se constrói diante dos nossos sentidos, altura que até podemos ter 'instintos' sobre a dita realidade concreta, do dia-a-dia, mas que estamos tão entranhados nas 'mentiras', nas 'esperanças' e nas 'expectativas' que ignoramos tais, por vezes tão certos, importantes e decisivos, instintos, quando julgamos antes de conhecer, o que realmente faz 'bater' alguém, também podemos, em casos, criar tais ilusões, o que vai totalmente modificar a nossa percepção da realidade aparente a todos, e o quê que talvez somente os 'exteriores' à ilusão consigam frisar e apontar para aqueles que estão, digamos que, emaranhados nas 'garras' das construções extraordinárias das suas mentes.

É sim verdadeiramente difícil sair de um beco quando só se sabe olhar em frente, sinceramente acredito que é sempre bom 'olhar para trás', fazer, não digo diariamente mas sim ocasionalmente, uma retrospecção a quem verdadeiramente queremos construir para nós mesmos, não há maior prazer que o orgulho que sentimos quando sabemos que quem hoje somos é um alguém do qual nos orgulharíamos se fossemos externos a nós mesmos. Há sempre becos para sair, ruas para descobrir e estradas para, ou rapidamente ou muito calmamente, atravessar, a vida, o ser que somos, é um aglomerado de descobertas, de blocos de construção e de oportunidades para fundamentar melhor bases ou alterar o que está errado em nós, basta saber utilizar, do melhor modo que conseguimos, os nossos sentidos, tentando constantemente respeitar, entender e perceber os infinitos sins, senãos e nãos da vida.

Porque senão vivemos, não para realmente sermos um algo, diferente, único, marcante e inspirador ser, mas sim somente um mais, comum, banal, fechado e tão iludido peão no meio de tantos outros, biliões.

Cumprimentos

18 março 2012

Irreais Noções dum irreal ser

A sensação, a compreensão e o saber, o acreditar e à fina inadiável conclusão chegar.

Pensava que já tudo lá ia, a Lua já se tinha posto, o Sol nascia p'ra um novo dia, e eu? Nunca ninguém me disse que iria ser fácil perceber o porquê da vida, muitos até me disseram para nem sequer me preocupar com isso e simplesmente viver, mas que é que somos nós se somente vivemos? Somente existimos?

Mais peões num jogo, mais peças de um puzzle, mais soldados numa triste inescapável batalha?

As forças começam a escassear, a vontade de o mais começa a cair por terra, sem mostras de um amanhã mais risonho como podemos nós guarnecer a dedicação, a garra e a ambição de um outro possível depois?

Há quem diga que as lutas pessoais são as mais batalhadas de elas todas, olho para o passado, lembro-me e relembro-me de o tudo o que esta mente e corpo já passou e pergunto-me o que irá mais acontecer, haverá mais vida para ser vivida, mais dores para serem encontradas, mais desafios e fins de dia?

Veremos.

15 março 2012

Gelado, gelatinoso, gelado

O tempo passa, os momentos perduram, o esquecer marca, banalidades se vão, desaparecem numa revolução de todas as épicas memórias que tanto lutam para voltarem à atenção, o coração bate. De novo, lentamente, rapidamente, epicamente. Sentir, viver, ser, abrimos os olhos para um diante tão belo, tão mais, tão misterioso e apelativo. Quero-o descobrir, quero lutar, quero sentir e fazer sentir, quero marcar, maravilhar, surpreender, ser surpreendido, criar histórias que perdurem e persistem, que marquem pelo seu fantástico e inigualável. Quero sorrir, ver e fazer sorrir, quero amar a vida e deixar que esta me ame. Quero viver, ensinar e aprender.

Mostrar ao mundo que existe sempre uma maneira de lutarmos, de desejarmos, de querermos e sonharmos, nada é impossível somente difícil, quero unir, fazer e construir, não quero somente existir.

Eu sou, Tu és, vamos ser, não eu, não tu mas somente um só.

Cumprimentos.

11 março 2012

Enjoy your Trip

Fartou.

A pequena cria não aguentava mais o desprezar e a falta de senso que ali pairava.
Fora o que fosse, foi o que foi, assim teria ela que continuar.

Qualquer árvore precisa de água, nutrientes e sol para crescer forte e duradora, mas aquela nem tudo tinha, uma enorme sombra tapava-lhe o sol, a água era constantemente oferecida a outras que mais dela precisavam e os nutrientes para poucos chegavam, até que, num certo dia, após tanto tempo ter estado na sombra, no constante pedir para tal sombra sair, ela fartou-se, deixou-se morrer, deu vida a quem mais precisava e desapareceu, sem vestígio ou memória, e a sombra? Insensível, inconsciente sombra nada notou, para ela tudo estaria bem pois esta na sua noção nada de mal estaria a fazer.

E como é que isto se relaciona com as demais situações de uma demais rotina diária de tantos demais?
Que valores subsistem para lá das influências e de o seu perder?

Já muito me fez duvidar de tal caminho, tentou me a "experimentar" o outro lado mas não consegui, não consegui ser sombra inconsciente e sem noção, não consegui desprezar, não consegui odiar, não consegui ser outro alguém que jamais poderia ser. Ter noção, saber, e pôr nos no outro lugar, coisas tão simples que tanta diferença poderão fazer.

Para quê ter a noção que magoamos quando podemos em vez disso melhorar e tornar o algo melhor? Custa mais? Então e? Que valor é que damos ao sofrer que o fazer bem não compense?

As pequenas coisas que tanto tão podem mudar.

16 fevereiro 2012

Limites, Noções e Dominós

Pensava.
Existia.
Acreditava.

Tudo voou para além da região segura das nossas mentes, por tempos precisas, por tempos não precisas.

Existem aqueles que precisam sempre, que não estão bem sem o sempre.

Creio eu ser desigual ás noções irreais que puseste sobre o irreal Homem? Não preciso. Não preciso das tuas palavras, não preciso das tuas mentiras, não preciso das tuas ilusões. Somente preciso de Ti. Não minha, não tua, vida.

Perdi a noção da irrealidade que ocupava o vazio do meu ser, o tão minucioso Dominó começou a cair rapidamente, já não sabia que mais pensar, que nas ilusões que me querias tanto passar ou nas verdades que o meu ser ansiava por me avisar. Viveste, o teu coração bateu, a tua vida mudou, a minha cá ficou. O vazio cresceu, p'ra lá dos limites do meu ser, a névoa escura começou a expandir. A expansão aconteceu, este velho saco de ossos já ressequidos pelo tempo finalmente morreu. Pó encheu, pó correu, pó matou.

Sentei-me, respirei, olhei para tudo o que estava à minha frente e finalmente percebi. Cai, não me vou querer levantar, não quero que me levantes, não quero que ninguém me toque. Errei e magoei, compreendi, percebi, sofri, deixa-me só, só sozinho, sem ninguém.

Um saco de ossos, sem carne nem vida.

14 fevereiro 2012

Macacos, Iguanas e Leões

A vida é uma selva.

Pulamos de galho em galho, cortam-nos o rabo sem nos cortarem da vida, lutamos com todas as nossas forças com a nossa sobrevivência em vista.

A prisão artificial criada por nós, por esta raça de animais que nem são nada nem são tudo, são um misto de estrume e de puro génio. Sabem porque é que o ser Humano é tão desconfiado? Porque desde o início dos tempos só soube trair os seus companheiros pelo bem pessoal, tomou a opção de só se interessar pelo seu próprio rabo e insignificante tornar os daqueles que tão próximo e tão necessários eram. O Homem é traidor, egoísta, faz tudo o que pode pela sua sobrevivência, será isto um estigma social ou haverá aqueles que fogem à regra? Gostava de acreditar que sim, gostava de poder gritar bem alto que conheço quem assim não seja, e posso-o fazer, EU CONHEÇO!

Em toda a maçã podre existem tantas outras boas maçãs, basta procurar, basta lutar por conhecer e querer descobrir tais maçãs, a vista, a mente muitas vezes nos engana, nos faz acreditar que possíveis óptimas e saborosas maçãs possam ser más, possam ser o total oposto daquilo que realmente são, e que culpa temos nós? Sempre fomos habituados a julgar, a desconfiar, a pensar que nada de tão bom possa aparecer assim do nada na nossa vida, que é difícil que algo de tão impossível, tão inimaginável surja deste modo tão irreal no meio de tanta guerra, dor e sofrimento, e quando aparece o que é que fazemos?

Desconfiamos, maltratamos, atiramos-as para o lado até que um dia acontece algo que nos faz ver como realmente elas são, o pior é que isto somente acontece quando estamos de volta a esta prisão, a este impedimento que nos impede de voltar a apanhar tal maçã, que nos impede de poder dizer e repetir e repetir e repetir vezes sem conta tudo o que outrora tão errado estávamos, que bloqueia o regresso, que nos impede.

Mas a vida é mesmo assim, estúpido somos, animais cegos influenciados por uma sociedade moribunda que tantos tão mais triste torna, fui vítima dela, fui vitima das minhas origens, estou preso agora, preso na prisão própria do ser, sou uma besta, uma mistura cruel, uma tortura inadiável e impossível de escapar.

Como outrora disse, As bestas matam-se com Arcos e Flechas, e a minha mente terá para todo o sempre a munição necessária para me abater.

A dor habitua-se, a tortura aguenta-se, o eu transforma-se, mudamos, endurecemos, sofremos, a justiça é feita, os Macacos pulam, as Iguanas sobrevivem e os Leões lutam, pulei, cai, sobrevivi e toda a minha vida lutarei por me redimir. De certo modo, "The cycle of Life".

13 fevereiro 2012

Venenos, Escudos e Capitães

O pior Veneno da vida qual é?

Será algo que se toma? Algo que nos pica? Algo injectado na nossa corrente sanguínea? Ou simplesmente algo que ninguém vê mas constantemente sente?

Impossibilidades, Incertezas, Inconsistências, Improbabilidades, como poderemos saber algo que nunca ninguém antes soube?

Como conseguimos lutar contra algo imperceptível, irreal, até que em alturas surreal.

Uma pessoa tem sempre a capacidade e possibilidade de criar defesas pessoais, escudos estes que tentam proteger ao geral da vida e a nada específico, defensores da sanidade física e mental, patrulhas das fraquezas do nosso ser, e como as criar?

Para conseguirmos elaborar algo primeiro de tudo temos que ter informações, dados concretos sobre esse mesmo, como conseguimos cozinhar um ovo se nem sequer um ovo sabemos o que é? A Vida é assim, construída através de experiências, de simples e por vezes insusceptíveis conhecimentos de tudo o que nos rodeia e tanto influencia, é preciso queimar e comer muitos ovos estragados até conseguirmos chegar ao perfeito, aquele que nos deixa desejosos por mais e mais mas como podemos nós nos proteger de tantos ovos estragados? De tanto mau sabor e vómitos?

É simples, podemos ouvir, aprender, perceber por outro alguém que já o fez, de outro modo só se cairmos e vomitar-mos e errarmos vezes e vezes sem conta até entrar na nossa dura cabeça, dizem que o sonho, a esperança, a vontade comanda a vida, mas muitas vezes muitos sonhos, muitas vontades são deixadas por terra devido a estas "experiências", a estes "erros" que tantos tomam porque não quiseram ouvir e perceber aqueles que antes já deixaram os seus.

É preciso respeitar-mos e querer-mos os Capitães da nossa Vida, pois estes só o nosso bem quererão e por ele para todo o sempre lutarão.

Respeita, Ouve, Aprende, não cais nos mesmos buracos de tantos outros.

Sê superior, sê mais.

Bestas, Arcos e Flechas

Guerra, física, psicológica, sentimental.

Constantemente somos rodeados por violência, tristeza, dor, é uma constante das nossas vidas, somos influenciados a sofrer, a não acreditar que a nossa vida pode ser tão positiva, somos levados a sofrer porque a sociedade assim nos indica.

Cometi erros, deixei-me levar e fui levado a tomar talvez a pior decisão de toda a minha vida, a vida é feita disto, de erros, de bater com a cabeça, cair para o chão e sofrer que nem um cão, só assim crescemos e endurecemos para tornar-mo-nos algo melhor, superior, mais maduro e forte, capaz de suster tudo o que a vida ainda poderá atirar para o nosso caminho.

Mas não é tempo de voltar a repensar e a justificar a causa de tais decisões, as decisões foram tomadas, o rumo foi decidido e já nada poderá voltar atrás, é tempo sim de estar de cabeça erguida, de saber que após tudo isto tornei e me tornei numa melhor pessoa.

Dediquei-me de corpo e alma alguém, lutei constantemente pela sua felicidade e sempre fui retribuído, que mais poderia eu querer? Pedi demais, quis demais, exigi demais, tornei-me egoísta e cego, neguei e fiz alguém que amava imenso sofrer, e disso jamais terei perdão nem nunca o vou querer ter, como sempre, errei, caí, sofri e fiz sofrer, mas a vida é mesmo assim, só ao bater e bater e bater com os ditos "cornos" é que as coisa entram nesta tão dura cabeça de roer.

O castigo pessoal é o pior castigo que existe. É o querer sofrer, querer sentir dor, é o dar a nós mesmos o castigo que mais ninguém nunca nos iria dar.

Os dias irão passar, as horas, os minutos, os segundos, anos, meses, semanas, o saber que perdi tal pessoa por minha própria culpa será a pior dor que poderei algum dia sentir e creio o pior castigo e sofrimento que alguém algum dia poderia sofrer.

Agradeço-te e para sempre me irei recordar de tudo o que passei e senti de teu lado, não à possíveis palavras que o possam expressar, para sempre irei sofrer esta dor, a dor de ter deixado a única pessoa que realmente me fazia feliz, em todos os momentos, em todas as circunstâncias, em todos os sentimentos.

Sofrerei, anos, meses, semanas, dias, horas, minutos, segundos, será a constante dor que para sempre irá estar presente na minha vida.

As Bestas matam-se com Arcos e Flechas, as flechas serão as memórias e o Arco a minha própria mente.

24 julho 2011

Renovação, Inovação, Evolução.

Ponto.

Aconteceu, Vivi de novo, Senti de novo, Apaixonei-me de novo.
A Vida fez com que visse de novo o tanto que à tanto já não via.
Entrei numa nova via com a Vida como Guia.

Inté.

16 outubro 2010

Ver, Perceber, Sentir.

Olhar, Ver, Observar, coisas, que, se passam.

Ouvir, perceber, querer, saber, mais.

Sentir, Sonhar, Amar, Imaginar, tudo e nada.

Ver, Perceber, Sentir, tudo, o que os outros, não sentem, vêem, percebem.

Thinking outside the box.

Revolta Sentimental.

Sentimento, toque, retoque, abraço, beijo.

Paixão, Loucura, Interesse, Palavras, Acções.

Revolta, Rebeldia, Recomeço.

Conversas, Risos, Lágrimas, Felicidade, Tristeza, Preocupação, Culpa.

Voltar, Recomeçar, Amar, Adorar, o que se está a passar?

Inesquecíveis os momentos já se tornam iram eles perdurar o desafio do tempo?

Presente e Futuro

Planear, provocar, sonhar, fracassar.

Objectivos de vida, sonhos realizáveis, impossibilidades temporais?

Repentinamente, rapidamente, revira volta.

Felicidade, amar, apaixonar, decepcionar, triste ficar?

A razão, a paixão, a dúvida, a incerteza, o adeus?

1 minuto, 1 hora, 1 dia, 1 semana, 1 mês, 1 ano, 10 anos, 100 anos, 1000 anos?

O que irei eu me tornar, o que irás tu te tornar? Já paraste p'ra o imaginar?

Tic tac the clock doesn't stop, Don't Worry Be Happy.